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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: 127 Horas




127 horas é um filme para quem tem estômago, fato. O querido diretor Danny Boyle (Trainspotting , Quem Quer Ser um Milionário) soube muito bem dirigir e contar a história real do alpinista Aron Ralston (James Franco) que, assim como o título já adianta, ficou 127 horas preso em um espaço estreito, com uma pedra gigante sob seu braço, quando escalava no Grand Canion, em Utah. Por incrível que pareça, apesar de quase o filme inteiro o Aron ficar preso num espaço mínimo e sozinho, o longa não fica chato ou "parado", mérito dos truques de câmera do Danny e do roteirista Simon Beaufoy. Claro, não podemos deixar de citar o talentoso James Franco, que demorou mais do que deveria para cair no gosto dos críticos e está excepcional em seu papel.


Sobre a fatídica cena que todos estão falando, sim...é forte e demoradamente angustiante. Mas, fora isso ,claro, gostei muito da construção da trama e da forma que o James Franco dá vida ao personagem e o jeito que arruma para passar o tempo. Suas lembranças, devaneios, arrependimentos..

Não posso deixar de citar a ótima trilha sonora de A.R. Rahman, o mesmo responsável pelo famoso "Jai Ho", de Quem Quer Ser um Milionário.

O filme teve 6 indicações ao Oscar, premiação que acontece neste domingo, dia 27.

Janis Lyn

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: O Discurso do Rei




Colin Firth é o motivo principal para você desgrudar do sofá de casa e ir ao cinema assistir O Discurso do Rei ((The King's Speech), campeão de indicações ao Oscar, com 12 no total. Esse querido e talentoso ator me conquistou nos papéis de Darcy (tanto o da Jane Austen como o da Bridget Jones) e em outros diversos filmes bons, como Direito de Amar, Quando me Apaixono e Simplesmente Amor. No auge dos seus 49 anos, e super bem conservado, o ator inglês finalmente chamou de vez a atenção da crítica e deve ganhar o Oscar como Melhor Ator este ano....é o que eu espero, pelo menos.

Dirigido por Tom Hopper, o foco desta história verídica é Albert (Colin Firth), então Duque de York, que se vê obrigado a assumir o trono de rei George VI após seu irmão abdicar da posição. Por conta de sua gagueira, nunca consegue falar em público, mas com a ajuda do extremo e inflexível Lionel Longue (Geoffrey Rush) e de sua fiel esposa (Helena Bonham Carter), George aos poucos consegue melhorar sua postura, nervosismo e auto-estima, até chegar o gran finale que leva o título do filme.

A maioria das pessoas quando pensa em filmes antigos, de reis e rainhas, com seus enormes vestidos e todo aquele clima old school / arcaico, já se desinteressa na hora (não eu!). Mas fique tranquilo, este filme, apesar da época, foge dos estereótipos, do lugar-comum e oferece uma interessante visão desta parte história, um bom roteiro e Colin Firth e Geoffrey Rush em atuações brilhantes.

Minha aposta no Oscar é que o filme ganhe, pelo menos, 5 prêmios: Filme, Ator (Colin Firth), Ator Coadjuvante (Geoffrey Rush), Direção de Arte e Figurino.

Janis Lyn

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: Cisne Negro





Exibido ano passado no Festival de Veneza, de Toronto e indicado a 5 prêmios no Oscar deste ano (Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição), Cisne Negro (Black Swan) chega, finalmente, ao Brasil.

Conta a história da regrada e "certinha" bailarina Nina (Natalie Portman) que consegue o papel principal como a Rainha dos Cisnes numa nova adaptação do espetáculo. Nina tem de interpretar ao mesmo tempo o Cisne Branco e o Cisne Negro. Enquanto um é delicado, sofrido e contido, o outro é totalmente o oposto. Ela, então, mergulha de corpo e alma nos ensaios e se vê num mundo perturbador em que não há espaço para imperfeições, é repleto de competição, intrigas e altas expectativas sobre sua performance.

Esse suspense psicótico, muito bem dirigido por Darren Aronofsky (O Lutador, Réquiem para um Sonho), prende do começo ao fim, nos deixa um pouco confusos (típico do diretor) e satisfeitos com o final surpreendente. O mundo nú e crú do balé, a fotografia precisa, a edição e os minutos finais me deixaram sem palavras. Dizer que Natalie Portman está perfeita no papel chega a ser até desnecessário. Para mim, o longa não seria o mesmo sem ela. Mas o mais interessante é a mensagem que fica no final e se aplica no nosso dia a dia, como a pressão, inveja e expectativa que sempre sofremos, e o preço que atingir a tal "perfeição" traz.

É um filme que merece ser visto e apreciado até mais de uma vez. Alguém aí tem dúvida de que a Natalie vai abocanhar a estatueta de ouro mais disputada do mundo? Eu não...

Mila Kunis, Winona Ryder, Vincent Cassel, Barbara Hershey e Benjamin Millepied também estão no elenco.

Janis Lyn