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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Crítica: A Bela e a Fera

Por Flavinha Leão


Uma confissão: eu não gosto muito do cinema francês. Aliás, minto. Eu não gosto do cinema 
francês. Sempre achei meio cabeça demais, meio entediante demais, meio cult demais.
Uma confissão um pouco melhor: eu amei a versão francesa de "A Bela e a Fera". Esse é um 
preconceito que terei o maior prazer de perder, afinal, as coisas evoluem, até o nosso cinema 
nacional, mas isso não vem ao caso.

A clássica história da garota que fica presa no castelo de uma fera para salvar o pai já teve várias 
versões no cinema. As mais famosas são a de 1946, também da França e a animação da Disney, 
de 1991. Em 2011, uma tentativa muito mal sucedida de modernizar o conto resultou no filme A 
Fera, com a Vanessa Hudgens, de High School Musical, tão ruim que, na minha opinião, não vale 
a perda de tempo. 

A Bela e a Fera de 2014 (com Léa Seadoux e Vincent Cassel nos papéis principais) é um 
espetáculo, e os mais atentos (bem, não precisa ser tão atento assim...) vão reparar nas 
diferenças em relação à versão da Disney. Onde está a fada que transforma a Fera em fera? A 
Bela não era filha única? Ela pediu uma rosa para o pai? Cadê o pessoal do castelo, o Lumière, o 
Horloge, a Madame Samovar? E o Gaston que gostava de outra garota e não estava nem aí para 
a Bela? 

Calma! É que existem muitas versões mesmo, não só no cinema, mas na literatura também. A 
história original foi escrita em 1740, por Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villeneuve, e depois 
ganhou nova visão em 1756, que é a mais conhecida, com Jeanne-Marie LePrince de Beaumont
(aliás, reparem que o filme faz uma bonita homenagem à escritora, batizando a família da Bela 
com o seu sobrenome). A versão de Villeneuve é bem mais complexa, e Beaumont cortou muitos 
dos personagens.

As irmãs da Bela me lembraram muito as da Cinderela, feias e cheias de inveja da irmã caçula, 
apesar de não serem tão malvadas. Talvez por isso mesmo a Disney tenha colocado a garota 
como filha única, para não haver confusão, afinal a Bela é a Bela e a Cinderela é a Cinderela!
Gostei também da história da ninfa da floresta, que foi a primeira mulher do príncipe que se 
transforma na Fera e é o motivo de toda a magia do castelo, já que não existe fada. Essa parte eu 
também não conhecia.

Cenas lindas, fotografia maravilhosa, boa trilha sonora... Enfim, repito, que espetáculo de 
produção! E vem mais por aí. Uma nova versão da Disney, dessa vez com atores, vai chegar às 
telonas. Será que a Emma Watson, a Hermione de Harry Potter, vai dar conta do recado? É 
aguardar para ver. Mas enquanto esperamos o tio Sam mostrar todo o seu poderio na sétima arte, 
deliciem-se com a delicadeza da França.

sábado, 4 de outubro de 2014

Novo comercial para tv do esperado "Interestelar", do Christopher Nolan


Novo trailer "Exodus: Gods and Kings"


domingo, 24 de agosto de 2014

CAIXA EXIBE FILMES MADE IN PARAGUAI EM SP E NO RIO

Mostra inédita no país exibe obras premiadas como 7 CaixasHamaca Paraguaya e Cuchillo de Palo

A Caixa Cultural apresenta Made in Paraguai – Mostra de Cinema Paraguaio, trazendo, pela primeira vez ao Brasil, uma retrospectiva dos últimos anos da cinematografia do país sulamericano. Serão exibidos 21 filmes, sendo onze longas-metragens e dez curtas. Em São Paulo, a mostra acontece de 11 a 17 de setembro, no CAIXA Belas Artes; e no Rio, as exibições ocorrem na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, de 16 a 21 de setembro.

Como parte da programação, haverá debates com diretores e críticos especializados. A proposta é promover o contato do público não apenas com os filmes exibidos, mas, também, com as questões que envolvem essa cinematografia, que apesar de vizinha, ainda é pouco conhecida e divulgada em nosso país. Entre as conversas, destacam-se o debate com o curador e cineasta Carlos Cáceres sobre a importância dos curtas na indústria do cinema e a sessão comentada do premiado longa 7 Caixas, com a participação da atriz Lali Gonzáles, considerada embaixatriz do cinema paraguaio. Sua atuação no filme ganhou destaque internacional e lhe rendeu uma indicação ao Goya, principal premiação do cinema de língua espanhola, e trabalhos fora do país. Estes encontros acontecerão nas duas cidades onde se realiza a mostra.

São Paulo receberá, também, o diretor Maurício Rial, um dos principais documentaristas paraguaios, em sessão comentada de Tren Paraguayo, vencedor de prêmios de melhor filme em festivais na Inglaterra, México e Argentina. E no Rio de Janeiro, além da programação já citada, haverá debate com o diretor de Libertad, Gustavo Delgado, e sessão comentada de Tierra Roja, com o diretor Ramiro Gomez.

A mostra Made in Paraguai é uma produção da Boulevard Filmes, com curadoria do cineasta brasileiro Marcelo Engster, em parceria com o diretor e produtor paraguaio Carlos Cáceres.

A programação completa da mostra está disponível no site  www.madeinparaguai.com.br.

 Serviço:

Made in Paraguai – Mostra de Cinema Paraguaio

SÃO PAULO
Data: 11 a 17 de setembro
Horário: Consultar programação
Local: CAIXA BELAS ARTES
Endereço: Rua Da Consolação, 2423 - Consolação - São Paulo/SP
Telefone: (11) 2894-5781
Funcionamento: de segunda a domingo, das 14h às 23h30
Preço: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia) – além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Classificação Indicativa: consulte a programação
Acesso para pessoas com deficiência

RIO DE JANEIRO
Data: 16 a 21 de setembro (terça-feira a domingo)
Horário: Consultar programação
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro
Endereço: Avenida Almirante Barroso, 25,
Centro – Rio de Janeiro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Ingresso: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia) – além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia
Lotação: Cinema 1 – 78 lugares (mais 3 para cadeirantes); Cinema 2 – 80 lugares (mais 3 para cadeirantes)
Classificação Indicativa: consulte a programação
Acesso para pessoas com deficiência

quarta-feira, 4 de junho de 2014

The Normal Heart: filme da HBO vai te chocar, inquietar e emocionar

Por Janis Lyn


The Normal Heart, o filme da HBO super falado e esperado, já estreou na aqui no Brasil e cumpriu seu propósito: chocar, inquietar e emocionar. Baseado na peça de Larry Kramer, o filme de 130 minutos dirigido por Ryan Murphy (American Horror Story, Glee) e co produzido por Brad Pitt, aborda o começo da AIDS na década de 80, e é ambientado em Nova York. Como tudo da HBO, é bom se preparar para muita nudez, sexo e algumas cenas chocantes. Se você já é um telespectador assíduo do canal, não tem o que se preocupar. O elenco está ótimo. Mark Rufallo, Taylor Kitsch, Matt Bomer (que disse ter perdido mais de 15 quilos para o filme) e Julia Roberts se destacam sem maiores esforços. Os ótimos Jim Parsons and Joe Mantello, que participaram da peça original da Broadway e também estão no longa, fizeram toda a diferença no filme.

Para quem não conhece a história, vamos lá: na década de 80 a AIDS começou a aparecer nos homossexuais, e como ainda ninguém sabia o que era, foi tratado pela imprensa com muito preconceito e denominado como "câncer gay". Mark Ruffalo faz o ativista Ned Weeks, que nada mais é do que um alter ego do próprio Larry Kramer, criador da peça. 

É bem interessante e triste ao mesmo tempo saber que essa história é real e que tantos milhares de pessoas (somente depois de anos foram descobrir que não era uma "doença gay") morreram em vão. Okay que até hoje não existe a tal cura, mas as opções de tratamento e expectativa de vida nos dias atuais estão bem desenvolvidas. Ned Weeks foi na época um revolucionário e lutou enquanto pode pela causa de vários. Mark Ruffalo interpreta lindamente este personagem e Matt Bomer, que faz seu parceiro no filme, nos comove em diversas cenas. Não é um filme fácil de ser digerido, mas definitivamente deve estar em sua lista para assistir.


Se já viu, comenta aí com a gente o que achou!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Itaú Viver Mais promove sessões gratuitas de cinema em São Paulo


Desde o mês passado, o programa Itaú Viver Mais realiza mensalmente em São Paulo, sessões de filmes seguidas de debate com especialistas. A entrada é gratuita para pessoas com mais de 55 anos e os encontros acontecem sempre na última terça-feira do mês, início da tarde. A próxima sessão será no próximo dia 29, às 14h, no Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca, com a exibição do filme Amante a domicílo [Fading Gigolo], de John Turturro, e bate-papo com o produtor João Daniel Tikhomiroff (Produtora Mixer). Os ingressos precisam ser retirados com uma hora de antecedência e estão sujeitos a lotação da sala.

“A iniciativa tem o objetivo de promover a interação e melhorar a qualidade de vida das pessoas, além, é claro, de estimular a ida de espectadores às sessões vespertinas dos cinemas”, explica o superintendente de Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco, Eduardo Ferreira.

Para receber a gratuidade, os interessados com mais de 55 anos devem preencher um formulário na bilheteria do cinema, localizado no Shopping Frei Caneca. O cadastro fica disponível de segunda a quarta-feira, das 13h às 22h. Os inscritos receberão uma carteirinha que dá o direito ao ingresso sem custo para as sessões do projeto.

SESSÕES DE CINEMA ITAÚ VIVER MAIS
Quando: 29 de abril, terça-feira
Horário: 14h
Local: Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 569 / 3º piso
Filme (abril): Amante a domicílo [Fading Gigolo]
Sinopse: Para ajudar um amigo com problemas financeiros, Fioravante decide se tornar um Don Juan profissional. Ele e o amigo necessitado, agora seu empresário, acabam se envolvendo em diversas confusões amorosas e financeiras.

Sobre o Itaú Viver Mais
O Itaú Viver Mais é um projeto criado pelo Itaú Unibanco que oferece gratuitamente atividades físicas e socioculturais para aqueles com mais de 55 anos de idade. As atividades são realizadas por meio de parcerias com shoppings e supermercados nas cidades de São Paulo, Taboão da Serra, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Niterói, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em funcionamento desde 2004, a iniciativa já recebeu mais de 10.000 usuários e conta atualmente com mais de 4.000 inscritos.