quinta-feira, 25 de março de 2010
Crítica: Um Sonho Possível
Um Sonho Possível (The Blind Side) é baseado num livro que conta a história real do adolescente Michael Oher (QUINTON AARON) que de sem-teto se tornou um dos maiores jogadores de futebol americano. Vamos à história do filme(e do livro): Michael é um adolescente grandão e desajeitado que, por meio da assistência social, consegue uma vaga num colégio cristão. Com alguns flashbacks, começamos a entender a triste vida do pobre rapaz que mora nas ruas: mãe drogada que mal consegue cuidar de si mesma, vários irmãos espalhados por aí, cada um lutando pra se manter do jeito que dava, e ele, introspecto e sempre infeliz.
Até o dia em que encontra Leigh Anne (Sandra Bullock), mãe de um colega seu de classe, que se comove com sua situação e o oferece abrigo na sua própria casa. O que era pra ser algo temporário, acaba se prolongando e aquela família, que tinha tudo do bom e do melhor, começa a aprender com ele e dar mais valor a vida. Claro que a estrela do filme não é o rapaz, e sim Leigh Anne, a sofisticada e chiquérrima fada madrinha-mãe que não mede esforços pelo rapaz e investe em seu futuro.
Apesar da mensagem subliminar do american dream e como tudo dá certo pra quem corre atrás (o que nem sempre é verdade....são raras as Leigh Annes no mundo), é um filme bom, emocionante e tem seu valor. O longa ganhou diversas indicações ao Oscar, inclusive o de Melhor Filme. O único troféu ganho foi o da Sandra Bullock, como Melhor Atriz. Se acho justo? Sinceramente, não. Ela tá bem no filme, mas um tanto caricata e trata-se apenas de UMA atuação boa dela, e não digna de um prêmio dessa dimensão.
Mas, assista-o e tire suas próprias conclusões. Pois a verdade é que todos sempre vão se lembrar desse filme como "aquele que deu o Oscar a Sandra Bullock", é fato. Por mais que tenha outros atributos. É bem interessante no final quando mostra a real Leigh Anne e sua família com o bem sucedido Michale Oher. Gostei! Quem dirigiu e roteirizou foi John Lee Hancock.
Janis Lyn
segunda-feira, 22 de março de 2010
Crítica: Ilha do Medo
Martin Scorsese é para mim um dos melhores diretores que existe. O conheci assistindo anos atrás dois grandes filmes que me conquistaram: Cabo do Medo (1991) e Taxi Driver (1976). Lembro de ter ficado estarrecida com as histórias e forma peculiar de direção. Em 2008 finalmente o diretor ganhou um Oscar, com o ótimo Os Infiltrados. Em seu quarto filme com o ator Leonardo di Caprio (meu ator favorito que está cada vez melhor em suas atuações), sua nova aposta é o triller Ilha do Medo (Shutter Island) que antes tinha sido intitulado Paciente 67. O roteiro é baseado num livro do aclamado escritor Dennis Lehane, que escreveu Sobre Meninos e Lobos (Mystic River), e 'Medo da Verdade' (Gone Baby Gone), ambos também levados a telona.
A história do filme é bem simples: Passa-se em 1954 com a dupla de policiais Teddy (Leo di Caprio) e Chuck (Mark Ruffalo) que vão para a Shutter Island, um ilha que abriga um grande presídio psiquiátrico, para investigarem o sumiço de uma das pacientes. Atormentado ainda com a morte de sua esposa Dolores (Michele Willians), Teddy começa a ter alucinações com pistas soltas que o leva a querer descobrir o que está por trás dos mistérios daquela ilha e dos pacientes, que sempre parecem esconder algo.
O filme já vale a pena só pela direção, que me fez ter um revival dos filmes de terror antigos. Cenas tensas do início ao fim e uma trilha sonora digna do mestre Hitchcock. O mistério reina até os minutos finais, quando tudo é revelado e devidamente explicado. Talvez seja por isso que muitos críticos não gostaram do filme. Esse "excesso" de explicações não é do fetio do diretor. Mas sabe de uma coisa? Pra mim é um dos melhores filmes do Scorsese e o melhor do ano até o momento. Percebi muitos jovens no cinema que não conhecem o Scorsese e foram pelo trailer, que por sinal é muito bem feito e editado. E isso é bom, pois podem se interessar pelo trabalho do diretor e, assim, procurar assistir seus outros filmes clássicos. Pode não ser muito original, mas ainda sim é um grande filme. E quer saber? Scorsese pode tudo...
Janis Lyn
domingo, 7 de março de 2010
Vencedores Oscar 2010
Acabou neste minuto o Oscar deste ano. Guerra ao Terror surpreendeu todos e ganhou a maioria dos prêmios, passando Avatar.
Veja abaixo todos os vencedores:
Melhor Ator Coadjuvante: Cristopher Waltz (Bastardos Inglórios)
Melhor Animação:UP Altas Aventuras
Melhor Canção Original: The Weary Kind (Coração Louco)
Melhor Roteiro Original: Guerra ao Terror
Melhor Curta-Metragem de Animação: Logorama
Melhor Documentário em Curta-Metragem: Music by Prudence
Melhor Curta-Metragem Dramático: The New Tenants
Melhor Maquiagem: Star Trek
Melhor Roteiro Adaptado: Preciosa
Melhor Atriz Coadjuvante: Mo'nique (Preciosa)
Melhor Direção de Arte: Avatar
Melhor Figurino: The Young Victoria
Melhor Edição de Som: Guerra ao Terror
Melhor Mixagem de Som: Guerra ao Terror
Melhor Fotografia: Avatar
Melhor Trilha Sonora: UP Altas Aventuras
Melhor Efeitos Visuais: Avatar
Melhor Documentário: The Cove
Melhor Montagem: Guerra ao Terror
Melhor Filme Estrangeiro: O Segredo de Seus Olhos (argentino)
Melhor Ator: Jeff Bridges (Coração Louco)
Melhor Atriz: Sandra Bullock (The Blind Side)
Melhor Direção: Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)
Melhor Filme: Guerra ao Terror
Janis Lyn
quinta-feira, 4 de março de 2010
Crítica: O Segredo De Seus Olhos
O filme argentino chegou devagar, sem grande alarde e foi conquistando seu público. O reconhecimento foi tanto, que este ano concorre ao Oscar como Melhor Filme Estrangeiro. A dupla Juan José Campanella (diretor) e Ricardo Darín (ator), que ficou conhecida com O Filho da Noiva, principalmente, está de volta com o romance/suspense O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de Sus Ojos).
Parece estranho dizer que é um romance/suspense, mas é exatamente esta mistura de gêneros que você vai encontrar no filme. Mistura que, diga-se de passagem, deu muito certo. A história do filme passa-se em duas épocas: nos tempos atuais e na década de 70. Benjamín Espósito (Ricardo Darín) trabalhou durante praticamente sua vida inteira em um Tribunal Penal. Agora que está aposentado, resolve escrever um livro sobre um caso de assassinato que ocorreu há mais de 20 anos e nunca saiu da sua cabeça. A medida que ele começa a lembrar dos fatos e querer dar continuidade aos mistérios não solucionados, sua vida se mistura com a do passado.
O grande destaque no filme é o roteiro, que é baseado num livro. A trama é tão interessante e envolvente que você nem vê o tempo (2 horas) passar. O final do filme é um dos mais inesperados e criativos que EU já vi no cinema. A passagem dos anos é muito bem feita e convincente. É meu voto ao Oscar, sem dúvidas.
Parada obrigatória no cinema. Não percam!
Janis Lyn
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