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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Titãs




Ontem fui ao cine-debate promovido pelo HSBC Belas Artes do documentário dos Titãs.

Logo depois da sessão, teve um debate com o Branco Mello (da banda) e com o diretor Oscar Rodrigues Alves. Infelizmente não tirei fotos (sorry), mas prometo contar todos os detalhes...rs

Encontros como este que fui, acontecerão todo mês, é aberto ao público e custam somente 4,00. No final da matéria irei postar a programação para quem se interessar.

Voltando ao assunto Titãs, o filme-documentário mostra cenas da banda filmadas desde 1986 (pelo próprio Branco Mello) até os dias de hoje. A câmera VHS capta todos os momentos dos bastidores. Momentos engraçados, outros nem tanto, cenas dos principais programas de auditório da época (como o Chacrinha) , discussões entre os integrantes, a morte de Frommer, e até a saída de Arnaldo Antunes e Nando Reis.

“Meu intuito era gravar as coisas que as pessoas não sabiam que existiam. Nunca pensei contar uma estória, mesmo porque não sabia que o Titãs ia tão longe”, afirma Branco Mello, sempre simpático e com os óculos escuros que já virou sua marca.

Só no ano de 2002, quando conheceu o diretor Oscar Rodrigues ( que dirigiu na época o clipe Epitáfio) decidiram juntos levar adiante a idéia que Branco sempre teve em mente : fazer um filme. O difícil foi selecionar entre 200 horas de arquivos gravados somente 1h30.

“Quando dirigi Epitáfio, nasceu meu casamento com o Titãs. Sempre fui fã da banda e os acompanhei sempre. Na hora de compactar o filme, até chegar a 01h30, chamei Daniel Rezende (indicado ao Oscar por Melhor Montagem – Cidade de Deus) para me ajudar”, afirma Oscar, que assina a direção com o próprio Branco.

Em mais de 2 anos de carreira, Branco não mostra arrependimentos. Nem mesmo quando cantavam playback nos anos 80, nos programas de auditório.

“ Play-back é do caralho !!! A gente podia fazer coreografias, brincar com a platéia.....” lembra Branco aos risos.


Risadas e polêmicas à parte, o documentário é muito interessante, e resgata o que havia de melhor no rock’ roll das antigas. As músicas dançantes e sem preconceitos......... rock do bom mesmo. Vale a pena assistir, tanto para pessoas daquela geração, como a nossa geração.


Cresci ouvindo Titãs em casa, então mesmo sendo de outra época, era como se eu tivesse vivido aquilo. Ainda lembro da minha mãe, colocando vezes e vezes seguidas a música Marvin no toca fitas.....

O slogan do filme já diz tudo:

Mais do que um filme, a trilha sonora de mais de uma geração!

É triste saber que, falando em rock brasileiro, os bons atuais continuam sendo os antigos: Rita Lee, Titãs, Capital Inicial, Paula Toller (mudou um pouco o estilo, mas está aí ainda...) e Paralamas do Sucesso. Era como se tivesse parado no tempo...... claro que existem ótimas bandas brasileiras, não estou dizendo isso, mas não se faz mais rock como antigamente. E não só no Brasil, lá fora também, senão o revival que os Rolling Stones sempre fazem não lotariam! Enfim, já escrevi demais (satisfeito Cassi??? )....

Segue a programação dos "Encontros HSBC Belas Artes" (com curadoria do Fernando Meirelles):

FEVEREIRO
"Verônica" – 10/02 - Com o diretor Maurício Farias e a atriz Andrea Beltrão.

MARÇO
"A Festa da Menina Morta” – 05/03 - Com o diretor Matheus Nachtergaele e o ator Juliano Casaré.

ABRIL
"Se Nada Mais Der Certo" - Sem data - Com o diretor José Eduardo Belmonte e o ator Cauã Reymond.

MAIO
"Tempos de Paz" – 09/06 - Com o diretor Daniel Filho e o ator Dan Stulbach.

JUNHO
"Jean Charles" – Sem data - Com o diretor Henrique Goldman (atriz não confirmada).

JULHO
"Todo Mundo tem Problemas Sexuais"- Sem data - Com o diretor e ator Domingos Oliveira.

PS: O ingresso dará direito a sessão + debate, que sempre acontecerão na terça-feira que antecede a estréia do filme.


kisses

Jay

4 comentários:

Anônimo disse...

Tive o prazer de acompanhar tudo isso ao seu lado, com isso, tudo ficou bem melhor... hehe

Mas elogios à parte, agora é a hora da crítica:

COMO VC OUSA CITAR BANDAS DE ROCK DO PASSADO E NÃO FALAR DE LEGIÃO??????

Fiquei extremamente chocado... li, re-li, e nada! deixa vc...

Ah! o filme... rs

Muito bom o documentário! É sempre bom conhecer um pouco mais da história de bandas nacionais.

Ah! E o Branco Mello mais novo me dá medo... Parece o cara do filme LARANJA MECÂNICA...

Carminha Paukoski disse...

Realmente, você cresceu ouvindo Titãs, um marco dos ANOS 80..aliás, como sempre digo e direi: Melhores anos foram os 80, e tive prazer de vivê-los intensamente, curtindo os Nacionais: Titãs, já citado, Legião Urbana (Olha aí Rogério), Rita Lee (desde os anos 60 através das gerações), e tantas outras que vc já citou e que eu gosto, também as Estrangeiras, como A-HA (que GRAÇAS A DEUS estará aqui em Março...Anos 80, muito bom de se viver, e fico muito feliz de saber que há esse documentário, o que é bom, tem que ser documentado mesmo.

Unknown disse...

Olá como vai?

Sou um cinéfolo de primeira, assim como vc, e também tenho um blog.

Estava procurando algumas delcarações do debate de ontem e encontrei por aqui.

Resolvi pegar algumas e divulguei o blog no meu texto, espero que possa dar uma lida.

umpapoaberto.blogspot.com

Abraço.

JK disse...

Jay, só agora consegui ler. Ficou muito bom, citações, descontração e muita informação. Obrigado pela menção, me sinto meio professor (não velho) Com certeza vou assistir esse filme.

Bjk!