Crítica: Bem Vindo

O filme francês Bem-Vindo (Welcome) tem no elenco Vincent Lindon, Firat Ayverdi, Audrey Dana, Derya Ayverdi, Thierry Godard, Selim Akgul, Firat Celik e Behi Djanati Atai. A direção é de Philippe Lioret.

O cenário é o seguinte: um jovem iraquiano, Bilal (Firat Ayverdi), “andou” durante três meses até a França para, de lá, tentar atravessar a nado o canal da mancha para a Inglaterra. Tudo para encontrar seu grande amor, que reside na terra inglesa. Bilal começa a ter aulas de natação com o professor Simon (Vincent Lindon), que se comove sua história e o ajuda, arriscando sua reputação e sua vida.

Em suma, o longa fala sobre imigração, preconceitos e sonhos. A amizade verdadeira e genuína de Bilal (o tema central do filme) fica evidente a Simon quando ele, ainda apaixonado por sua ex-mulher Marion, diz a ela: “Ele andou 400 quilômetros para encontrar com ela e agora quer atravessar o Canal da Mancha. Quando você foi embora nem a rua atravessei para trazer você de volta".

Ao assistir o drama, que ganhou três prêmios no Festival de Berlim deste ano, você se envolve com a angústia dos personagens e sai do cinema com um nó na garganta e um tanto triste, pois não é um filme feliz ou justo. Ele simplesmente é realista e duro, assim como o mundo em que vivemos.

Janis Lyn