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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Crítica: Um Lugar Qualquer




Sofia Coppola chamou minha atenção com o filme Virgens Suicidas, sua estreia na direção, em 1999. Depois disso foi só elogios com seus outros longas: Encontros e Desencontros (2003) e Maria Antonieta (2006). Gostei também desses filmes, mas nenhum supera seu primeiro. Ano passado ela lançou no Festival de Veneza o Um Lugar Qualquer (Somewhere), e logo abocanhou o Leão de Ouro, um dos prêmios mais disputados do mundo. O filme chegou somente agora no Brasil, atrasado, como sempre, e me conquistou.

A história foca o vazio da vida e cotidiano do ator Johnny Marco (Stephen Dorff), que vive de hotel em hotel e está passando por uma crise existencial. Nada o deixa feliz ou satisfeito, a não ser quando sua filha de 11 anos Cléo (Elle Fanning) vem o visitar. Resumiria como um filme sincero, delicado e emocional. Quando trata-se de Sofia Copolla existem dois extremos, os que amam seus filmes e os que odeiam. Eu definitivamente amo. É que muita gente não entende o conceito e alma de seus filmes. Simples assim. A diretora não faz filmes de atores (apesar de suas histórias sempre focarem um só indivíduo). A atenção está totalmente voltada à ela, diretora, sempre. A forma como dirige, algumas cenas que se focam no mesmo take mais de 10 minutos para conseguirmos absorver cada detalhe, mínimo que seja, enfim, a estética de sua obra.

É só lembrar de seus filmes...Bill Murray, Scarlett Johansson, Kirsten Dunst e, agora, Stephen Dorff . Papéis marcantes? Não. Podem até ser atores bons, mas nunca foi o foco dos filmes da Copolla. Isso pode até parecer um pouco narcisista da parte dela, mas é o motivo principal por eu adorar seus filmes.

Janis Lyn

1 comentários:

Rogério Lagos disse...

Com que olhos você assiste aos filmes? Meu Deus, eu não consigo enxergar essa riqueza de detalhes da mesma forma que você. Diferencial que só confirma aquilo pelo qual eu já tenho certeza: Você é foda!
Parabéns por mais uma excelente crítica! Até eu, que detesto filmes "cabeça", quero ver esse aí... Detalhe: só lembro do Sthepen Dorff em Blade! hahahaha! Ele era o vampiro mau do primeiro filme... rsrs
Bjo