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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Crítica: Missão Impossível 4- Protocolo Fantasma



Se você gosta de um bom filme de ação, não pode perder Missão Impossível 4- Protocolo Fantasma ((MI4: Ghost Protocol), estrelado por Tom Cruise. Originado de uma série de TV, os filmes, como o próprio título entrega, faz Ethan Hunt (Cruise), agente da secreta IMF, aparecer em cenas de ação improváveis que fazem os telespectadores respirarem fundo de tanta tensão.

Desta vez, depois de causar no Vaticano no último filme, Ethan Hunt, ao tentar cumprir uma missão que lhe foi passada, é acusado injustamente pelo bombardeio ao Kremlin, e, assim, ele, junto com sua equipe, é desautorizado a fazer qualquer tipo de ação, e, de quebra, ele ainda é procurado pelo crime que não cometeu. Em busca de um jeito de “limpar seu nome” e achar o verdadeiro culpado pelo bombardeio, Ethan e seus companheiros tentam sem recursos evitar outro ataque, dessa vez em Dubai.

O roteiro é divertido e inteligente (o que é um tanto raro em filmes neste estilo) e o elenco de apoio não poderia estar melhor: Simon Pegg, Jeremy Renner, Paula Patton e Miachael Nyqvist dão intensidade e autenticidade aos personagens. Se você achar as cenas de ação, principalmente quando Tom Cruise escala o prédio maio alto do mundo, em Dubai, muito reais, você não está louco. Tom Cruise fez questão de fazer todas as cenas, sem uso de dublê, principalmente nesta cena principal do prédio, que é realmente de arrepiar.

Dirigido por Brad Bird (Os Incríveis) e produzido pelo próprio Tom Cruise, em parceria com o ótimo J.J. Abrams, esta quarta parte da franquia é a melhor de todas e vale muito a pena ir ao cinema (IMAX, se puder) ver esse grande lançamento.

Janis Lyn

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

GLOBO DE OURO 2012

Foi divulgada hoje a esperada lista de indicados para a 69º edição do Globo de Ouro, que acontecerá dia 15 de janeiro.

Veja abaixo todos os indicados e, logo após, meus comentários:

Melhor Filme - Drama
Os Descendentes
Histórias Cruzadas
Hugo
Tudo Pelo Poder
O Homem Que Mudou o Jogo
Cavalo de Guerra

Melhor Filme - Musical ou Comédia
The Artist
Missão Madrinha de Casamento
50%
Meia-Noite em Paris
My Week With Marilyn

Melhor Ator (Drama)
George Clooney (Os Descendentes)
Leonardo DiCaprio (J. Edgar)
Michael Fassbender (Shame)
Ryan Gosling (Tudo Pelo Poder)
Brad Pitt (O Homem Que Mudou o Jogo)

Melhor Atriz (Drama)
Glenn Close (Albert Nobbs)
Viola Davis (Histórias Cruzadas)
Rooney Mara (Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres)
Meryl Streep (The Iron Lady)
Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre o Kevin)

Melhor Ator (Musical ou Comédia)
Jean Dujardin (The Artist)
Brendan Gleeson (O Guarda)
Joseph Gordon-Levitt (50%)
Ryan Gosling (Amor a Toda Prova)
Owen Wilson (Meia-Noite em Paris)


Melhor Atriz (Musical ou Comédia)
Jodie Foster (Carnage)
Charlize Theron (Young Adult)
Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento)
Michelle Williams (My Week With Marilyn)
Kate Winslet (Carnage)

Melhor Ator Coadjuvante
Kenneth Branagh (My Week With Marilyn)
Albert Brooks (Drive)
Jonah Hill (O Homem Que Mudou o Jogo)
Viggo Mortensen (Um Método Perigoso)
Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)

Melhor Atriz Coadjuvante
Bérénice Bejo (The Artist)
Jessica Chastain (Histórias Cruzadas)
Janet McTeer (Albert Nobbs)
Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)
Shailene Woodley (Os Descendentes)

Melhor Diretor
Woody Allen (Meia-Noite em Paris)
George Clooney (Tudo pelo Poder)
Michel Hazanavicius (The Artist)
Alexander Payne (Os Descendentes)
Martin Scorsese (Hugo)

Melhor Roteiro
The Artist
Os Descendentes
Tudo Pelo Poder
Meia-Noite em Paris
O Homem que Mudou o Jogo

Melhor Canção
Lay Your Head Down (Albert Nobbs)
Hello Hello (Gnomeu e Julieta)
The Living Proof (Histórias Cruzadas)
The Keeper (Redenção)
Masterpiece (W.E. - O Romance do Século)

Melhor Trilha Sonora
The Artist
Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
Hugo
Cavalo de Guerra
W.E. - O Romance do Século

Melhor Animação
As Aventuras de Tintim: O Secredo do Licorne
Operação Presente
Carros 2
Gato de Botas
Rango

Melhor Filme Estrangeiro
Jin Líng Shí San Chai
In The Land of Blood and Honey
O Garoto de Bicicleta
A Separação
A Pele que Habito

Melhor Série de TV - Drama
American Horror Story
Boardwalk Empire
Boss
Game of Thrones
Homeland

Melhor Série de TV - Musical ou Comédia
Enlightened
Episodes
Glee
Modern Family
New Girl

Melhor Minissérie ou Filme Feito para a TV
Cinema Verite
Downton Abbey
The Hour
Mildred Pierce
Too Big to Fail

Melhor Ator de TV (Drama)
Steve Buscemi (Boardwalk Empire)
Bryan Cranston (Breaking Bad)
Kelsey Grammer (Boss)
Jeremy Irons (The Borgias)
Damian Lewis (Homeland)

Melhor Atriz de TV (Drama)
Claire Danes (Homeland)
Mireille Enos (The Killing)
Julianna Margulies (The Good Wife)
Madeleine Stowe (Revenge)
Callie Thorne (Necessary Roughness)

Melhor Ator de TV (Musical ou Comédia)
Alec Baldwin (30 Rock)
David Duchovny (Californication)
Johnny Galecki (The Big Band Theory)
Thomas Jane (Hung)
Matt LeBlanc (Episodes)

Melhor Atriz de TV (Musical ou Comédia)
Laura Dern (Enlightened)
Zooey Deschanel (New Girl)
Tina Fey (30 Rock)
Laura Linney (The Big C)
Amy Poehler (Parks and Recreation)

Melhor Ator de Minissérie ou Filme Feito para a TV
Hugh Bonneville (Downton Abbey)
Idris Elba (Luther)
William Hurt (Too Big to Fail)
Bill Nighy (Page Eight)
Dominic West (The Hour)

Melhor Atriz de Minissérie ou Filme Feito para a TV
Romola Garai (The Hour)
Diane Lane (Cinema Verite)
Elizabeth McGovern (Downton Abbey)
Emily Watson (Appropriate Adult)
Kate Winslet (Mildred Pierce)

Melhor Ator Coadjuvante (Série, Minissérie ou Filme Feito para a TV)
Peter Dinklage (Game of Thrones)
Paul Giamatti (Too Big to Fail)
Guy Pearce (Mildred Pierce)
Tim Robbins (Cinema Verite)
Eric Stonestreet (Modern Family)

Melhor Atriz Coadjuvante (Série, Minissérie ou Filme Feito para a TV)
Jessica Lange (American Horror Story)
Kelly Macdonald (Boardwalk Empire)
Maggie Smith (Downton Abbey)
Sofía Vergara (Modern Family)
Evan Rachel Wood (Mildred Pierce)

Os filmes The Artist, Os Descendentes, Histórias Cruzadas, O Homem Que Mudou o Jogo e Meia-Noite em Paris foram os que tiveram mais indicações.

Já de séries, o excelente drama Homeland tirou todo o espaço de Dexter nas indicações e a comédia New Girl tirou o espaço de Glee em algumas (mas não de todas).

Não achei justo Dexter não ter NENHUMA indicação. Poderia prevalecer, pelo menos, como "Melhor Série Drama". Ainda mais pela temporada consistente que teve.

O novo do Woody Allen "Meia Noite em Paris" ganha, pelo menos, de Melhor Filme Comédia e Melhor Roteiro (é o melhor filme do diretor e nenhum dos outros indicados é bom o suficiente para tirar esse prêmio do Woody).Torço para o Leonardo di Caprio parar de ser injustiçado e finalmente ganhar como Melhor Ator, e a série Homeland sem dúvidas vai levar todos os prêmios merecidamente.

E as suas apostas? Quais são?


Janis Lyn

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sofia Coppola e seu universo solitário




Com o peso nas costas de ser filha de um dos maiores diretores de cinema dos últimos tempos, Sofia Coppola surgiu por trás das câmeras em 1999 e, desde então, não parou mais. Foram alguns curtas, quatro filmes e um vídeo clipe. Nem sempre aclamada pela crítica, porém respeitada, a tímida e reservada nova-iorquina procurou sempre expor em seus filmes sua visão delicada, e às vezes ingênua, sobre o difícil universo da solidão.

Foi assim com seu filme de estreia, Virgens Suicidas, adaptação de um romance do americano Jeffrey Eugenides, e com o também drama Encontros e Desencontros, filme responsável por colocar a diretora definitivamente no mapa e na boca de todos os críticos e jurados do Oscar, que demonstraram seu apreço dando a ela o Oscar de Melhor Roteiro Original.

Todos seus filmes, apesar de personagens totalmente diferentes dos outros, tratam de um só tema: solidão, ou, se preferir, vidas vazias, sem propósito. A sensibilidade com que Sofia trata deste assunto é sua principal qualidade. Ela não se importa em deixar a câmera preguiçosa e vulnerável em certas cenas, nem falar de assuntos que, para alguns ou a maioria, são desinteressantes. Cinco irmãs lindas e desejadas por todos que resolvem se suicidar, atores milionários e entediados, uma rainha - quase meretriz- infeliz, à procura de auto-afirmação e felicidade plena que acaba sendo decapitada. Estes são os personagens criados pela Sofia, fã assumida da saga adolescente Crepúsculo, que já deixou claro que faz filmes para seus amigos, não para os críticos.

A diretora não faz filmes de atores. A atenção está totalmente voltada a ela, sempre. É só lembrar de seus filmes. Bill Murray, Scarlett Johansson, Kirsten Dunst, duas vezes, e Stephen Dorff. Papéis marcantes? Não. Podem até ser atores bons, mas nunca foi o foco dos filmes da Coppola. Narcisismo? Também não.

Ela prioriza a estética de suas obras. Quando a atriz Scartett Johansson, em Encontros e Desencontros, após ser abandonada novamente por seu marido, senta na janela do hotel e observa aquela cidade de Tóquio fria e, para ela, estranha e indiferente, a câmera que antes era precisa, começa a se mover de um lado para o outro, para mostrar a perspectiva de tudo o que a personagem está observando. Para nos dar a dimensão daquela grande cidade e de como ela está se sentindo sozinha naquele mundo. É como se estivéssemos ali, do lado da Sofia, vendo tudo com os olhos dela. Isto sim é arte.

E ela, que começou lá trás, fazendo uma ponta no clássico O Poderoso Chefão, dirigido por seu pai, criou asas próprias, fugiu dos clichês hollywoodianos e provou que pode ser muito mais do que meramente “a filha do Francis Ford Coppola”.

Janis Lyn

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: 127 Horas




127 horas é um filme para quem tem estômago, fato. O querido diretor Danny Boyle (Trainspotting , Quem Quer Ser um Milionário) soube muito bem dirigir e contar a história real do alpinista Aron Ralston (James Franco) que, assim como o título já adianta, ficou 127 horas preso em um espaço estreito, com uma pedra gigante sob seu braço, quando escalava no Grand Canion, em Utah. Por incrível que pareça, apesar de quase o filme inteiro o Aron ficar preso num espaço mínimo e sozinho, o longa não fica chato ou "parado", mérito dos truques de câmera do Danny e do roteirista Simon Beaufoy. Claro, não podemos deixar de citar o talentoso James Franco, que demorou mais do que deveria para cair no gosto dos críticos e está excepcional em seu papel.


Sobre a fatídica cena que todos estão falando, sim...é forte e demoradamente angustiante. Mas, fora isso ,claro, gostei muito da construção da trama e da forma que o James Franco dá vida ao personagem e o jeito que arruma para passar o tempo. Suas lembranças, devaneios, arrependimentos..

Não posso deixar de citar a ótima trilha sonora de A.R. Rahman, o mesmo responsável pelo famoso "Jai Ho", de Quem Quer Ser um Milionário.

O filme teve 6 indicações ao Oscar, premiação que acontece neste domingo, dia 27.

Janis Lyn

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: O Discurso do Rei




Colin Firth é o motivo principal para você desgrudar do sofá de casa e ir ao cinema assistir O Discurso do Rei ((The King's Speech), campeão de indicações ao Oscar, com 12 no total. Esse querido e talentoso ator me conquistou nos papéis de Darcy (tanto o da Jane Austen como o da Bridget Jones) e em outros diversos filmes bons, como Direito de Amar, Quando me Apaixono e Simplesmente Amor. No auge dos seus 49 anos, e super bem conservado, o ator inglês finalmente chamou de vez a atenção da crítica e deve ganhar o Oscar como Melhor Ator este ano....é o que eu espero, pelo menos.

Dirigido por Tom Hopper, o foco desta história verídica é Albert (Colin Firth), então Duque de York, que se vê obrigado a assumir o trono de rei George VI após seu irmão abdicar da posição. Por conta de sua gagueira, nunca consegue falar em público, mas com a ajuda do extremo e inflexível Lionel Longue (Geoffrey Rush) e de sua fiel esposa (Helena Bonham Carter), George aos poucos consegue melhorar sua postura, nervosismo e auto-estima, até chegar o gran finale que leva o título do filme.

A maioria das pessoas quando pensa em filmes antigos, de reis e rainhas, com seus enormes vestidos e todo aquele clima old school / arcaico, já se desinteressa na hora (não eu!). Mas fique tranquilo, este filme, apesar da época, foge dos estereótipos, do lugar-comum e oferece uma interessante visão desta parte história, um bom roteiro e Colin Firth e Geoffrey Rush em atuações brilhantes.

Minha aposta no Oscar é que o filme ganhe, pelo menos, 5 prêmios: Filme, Ator (Colin Firth), Ator Coadjuvante (Geoffrey Rush), Direção de Arte e Figurino.

Janis Lyn

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

INDICADO AO OSCAR: Cisne Negro





Exibido ano passado no Festival de Veneza, de Toronto e indicado a 5 prêmios no Oscar deste ano (Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição), Cisne Negro (Black Swan) chega, finalmente, ao Brasil.

Conta a história da regrada e "certinha" bailarina Nina (Natalie Portman) que consegue o papel principal como a Rainha dos Cisnes numa nova adaptação do espetáculo. Nina tem de interpretar ao mesmo tempo o Cisne Branco e o Cisne Negro. Enquanto um é delicado, sofrido e contido, o outro é totalmente o oposto. Ela, então, mergulha de corpo e alma nos ensaios e se vê num mundo perturbador em que não há espaço para imperfeições, é repleto de competição, intrigas e altas expectativas sobre sua performance.

Esse suspense psicótico, muito bem dirigido por Darren Aronofsky (O Lutador, Réquiem para um Sonho), prende do começo ao fim, nos deixa um pouco confusos (típico do diretor) e satisfeitos com o final surpreendente. O mundo nú e crú do balé, a fotografia precisa, a edição e os minutos finais me deixaram sem palavras. Dizer que Natalie Portman está perfeita no papel chega a ser até desnecessário. Para mim, o longa não seria o mesmo sem ela. Mas o mais interessante é a mensagem que fica no final e se aplica no nosso dia a dia, como a pressão, inveja e expectativa que sempre sofremos, e o preço que atingir a tal "perfeição" traz.

É um filme que merece ser visto e apreciado até mais de uma vez. Alguém aí tem dúvida de que a Natalie vai abocanhar a estatueta de ouro mais disputada do mundo? Eu não...

Mila Kunis, Winona Ryder, Vincent Cassel, Barbara Hershey e Benjamin Millepied também estão no elenco.

Janis Lyn

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Crítica: Um Lugar Qualquer




Sofia Coppola chamou minha atenção com o filme Virgens Suicidas, sua estreia na direção, em 1999. Depois disso foi só elogios com seus outros longas: Encontros e Desencontros (2003) e Maria Antonieta (2006). Gostei também desses filmes, mas nenhum supera seu primeiro. Ano passado ela lançou no Festival de Veneza o Um Lugar Qualquer (Somewhere), e logo abocanhou o Leão de Ouro, um dos prêmios mais disputados do mundo. O filme chegou somente agora no Brasil, atrasado, como sempre, e me conquistou.

A história foca o vazio da vida e cotidiano do ator Johnny Marco (Stephen Dorff), que vive de hotel em hotel e está passando por uma crise existencial. Nada o deixa feliz ou satisfeito, a não ser quando sua filha de 11 anos Cléo (Elle Fanning) vem o visitar. Resumiria como um filme sincero, delicado e emocional. Quando trata-se de Sofia Copolla existem dois extremos, os que amam seus filmes e os que odeiam. Eu definitivamente amo. É que muita gente não entende o conceito e alma de seus filmes. Simples assim. A diretora não faz filmes de atores (apesar de suas histórias sempre focarem um só indivíduo). A atenção está totalmente voltada à ela, diretora, sempre. A forma como dirige, algumas cenas que se focam no mesmo take mais de 10 minutos para conseguirmos absorver cada detalhe, mínimo que seja, enfim, a estética de sua obra.

É só lembrar de seus filmes...Bill Murray, Scarlett Johansson, Kirsten Dunst e, agora, Stephen Dorff . Papéis marcantes? Não. Podem até ser atores bons, mas nunca foi o foco dos filmes da Copolla. Isso pode até parecer um pouco narcisista da parte dela, mas é o motivo principal por eu adorar seus filmes.

Janis Lyn