Procure alguma crítica:

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Crítica: Nine



Musical é um dos meus gêneros preferidos do cinema. Alguns dos meus filmes queridos de todos os tempos são musicais, como, por exemplo, Mary Poppins, Mágico de Oz e O Fantasma da Ópera. É injusto comparar os musicais de ontem com os de hoje, pois são completamente diferentes. Todo filme musical atualmente é um espetáculo, sendo que os musicais de antigamente focavam mais na inocência dos personagens e nas próprias músicas mesmo, sem grandes produções (mesmo porque na época não tinha) mas sem perder a grandiosidade do fato.

Semana passada fui na pré estréia do filme/musical Nine e, claro, estava com altas expectativas (infelizmente). Afinal, como um filme com um diretor e elenco tão bom poderia dar errado? Antes de eu explicar, vamos a alguns fatos. Esta peça na broadway foi inspirada no conhecido filme do Federico Fellini “8 ½” , e estreou nos teatros em 2003. A história é sobre um cineasta em crise, o Guido Contini (interpretado por Daniel Day-Lewis), que não consegue realizar seu novo filme e acaba ficando louco diante das expectativas sobre ele. Cercado de mulheres em sua vida (esposa, amante, prostituta e por aí vai...), cada vez mais ele vai afundando num dilema sem inspiração.

Na teoria (e no teatro) essa trama deu certo, mas não no cinema. Nem o grandioso elenco de mulheres consegue fazer deste filme um "excelente musical". Marion Cotillard, no papel da esposa Luisa Contini, arrasa em duas performances muito boas das músicas: My Husband Makes Movies e Take It All. Penélope Cruz está divertidíssima como a amante possessiva de Guido e faz um número de dança sensual. Kate Hudson, como a jornalista fashion, canta uma única música também: Cinema Italiano, mas é a mais animada do filme. Porém, meu destaque vai para a música e melhor apresentação: Fergie (Black Eyed Peas), com Be Italian.

A cantora faz o papel da prostituta e mal aparece no longa. No entanto, esta canção é a que mais tem cara de músical e a letra tem tudo a ver com a história, por isso é minha preferida. Já a Nicole Kidman, como a musa do diretor, me decepcionou. Fez tanto botox e plásticas, que mal consegue se expressar falando ou, muito menos, cantando. Daniel Day-Lewis, como sempre, está sensacional no papel do diretor famoso e incompreendido.

As músicas boas fazem o filme valer a pena. Não é um filme ruim, é apenas fraco, sem forças para emplacar. Vá assistir sem expectativas e talvez goste...mas só talvez.

Estreia sexta-feira, dia 29/01, nos cinemas

Janis Lyn

3 comentários:

Rogério Lagos disse...

Bom... Não tenho muito o que acrescentar após ver uma crítica tão boa quanto essa. Ouso dizer que é uma das melhores (se não for a melhor) do seu blog. Parabéns!

Realmente NINE decepcionou muito. Ultimamente tenho dado mais atenção aos musicais do que antes (vc tem culpa nisso) e esperava que um musical de Rob Marshall fosse muito bom, como foi Chicago. É... não tem como não comparar. Rob Marshall tem como característica fazer as músicas através dos sentimentos dos personagens, o que faz com que ele seja o meu diretor de musicais preferido. No entanto, o filme não alcançou minhas expectativas. As melhores cenas do filme são as interpretações já citadas por você, principalmente a da Fergie (quem diria...)

Em suma, finalizo o meu comentário traçando um paralelo com uma fala do filme. Todos que encontravam Guido Contini no filme o reconheciam de imediato e diziam: "Guido Contini! Adoro seus filmes! Os bons, não os fracassos..."

E isso serve para NINE. Adoro os filmes de Rob Marshall. Os bons, não os fracassos.

Thiago Paulo disse...

Oi Janis, adorei o blog... Também sou um cinéfilo! Ontem mesmo estava conversando com um amigo sobre Nine, ele comentou que também não gostou tanto do filme. Disse que o roteiro é fraco!

Também gosto do gênero, mas acho que prefiro os antigos.

Dá uma olhada em um dos meus blog, e voltado para o Oscar. Será sempre bem-vinda. Bjs.

www.umoscarpormes.blogspot.com

JK disse...

Um filme que eu assistiria mesmo com sua bela crítica, talvez até por causa dela.
Se bem que sou suspeito em se tratando de Penelope Cruz... Acho que ela dançando e cantando vale o ingresso... rssrsr

Bjus!